Aos poucos, as cidades brasileiras começam a flexibilizar a abertura dos estabelecimentos comerciais fechados desde o início da pandemia de Covid-19. Como ainda não há tratamento comprovado para a doença e os casos não apresentam queda, a volta só poderá ser feita com segurança se houver um bom planejamento e os protocolos forem seguidos por empresas, funcionários e clientes.
Em entrevista para o Estadão, o procurador-geral do Ministério do Trabalho, Alberto Bastos Balazeiro, explica que o órgão exigirá a existência de um plano de contingência para retorno às atividades. “Para quase todas as pequenas e médias empresas será suficiente um plano que abarque as diretrizes gerais. Setores cuja atividade acarreta concentração de trabalhadores ou de público precisarão seguir diretrizes específicas”, diz.
Essas exigências do Ministério irão variar de acordo com a quantidade de casos e o grau de transmissão comunitária de Covid-19. Até mesmo por isso, a fiscalização não ficará restrita ao retorno das atividades, mas será mantida enquanto o país não estiver livre da pandemia. “Estamos fazendo levantamento por setor sobre experiências internacionais. Vamos fazer notas que orientem sobre a continuidade da utilização de equipamentos de proteção”, explica.
Muitas dessas notas já estão publicadas no site da Escola Nacional de Inspeção do Trabalho (Enit). Nele é possível encontrar orientações gerais e outras para setores específicos da economia, como a Construção Civil, farmácias e drogarias, frigoríficos, postos de combustível, supermercado e trabalhos domésticos.
A maioria das empresas não precisará de regras de segurança específicas para retornar às atividades, sendo possível seguir protocolos mais simples para minimizar os riscos à saúde dos trabalhadores. Veja quais são os pontos mais importantes e, se quiser mais detalhes, consulte os materiais divulgados pelo Ministério do Trabalho.
Segundo o Ministério da Saúde, os trabalhadores com mais de 60 anos ou com comorbidades – como diabetes, hipertensão arterial e problemas respiratórios – fazem parte do grupo de risco. Eles devem receber atenção especial, priorizando a permanência no regime de home office. Caso seja indispensável a presença na empresa, deve-se priorizar o trabalho interno, sem contato com clientes e em local arejado e higienizado diariamente.
Os protocolos de segurança devem ser apresentados em detalhes a todos os funcionários, com orientações claras sobre os métodos de prevenção de contágio adotados e as formas corretas de higienização. Também é preciso criar mecanismos e procedimentos para que os próprios trabalhadores possam reportar um colega com sintomas ou doente.
É preciso manter a ventilação natural dentro dos veículos, mantendo as janelas abertas sempre que possível. Se for necessário utilizar o ar-condicionado, deve-se evitar a função de recirculação do ar. Além disso, assentos e demais superfícies do interior do veículo devem ser desinfectadas regularmente, cabendo aos motoristas garantir que isso seja feito a cada viagem.
Devido ao estado de calamidade pública, as comissões internas de prevenção de acidentes poderão ser mantidas até o fim desse período, inclusive com a suspensão dos processos eleitorais em curso. As reuniões devem ser mantidas via videoconferência e a equipe deve divulgar aos trabalhadores um plano de ação com políticas e procedimentos de orientação para prevenir o contágio de Covid-19.
Esse é um dos pontos mais importantes para um retorno seguro. As empresas devem adotar procedimentos contínuos para higienização das mãos e para diminuição do contato pessoal entre as pessoas, além reforçar a limpeza e a desinfecção dos espaços internos. A ventilação interna deve ser priorizada em detrimento do ar-condicionado e, se possível, a força de trabalho deve ser distribuída ao longo do dia, evitando concentrá-la em um único turno.
Já os trabalhadores precisam evitar tocar a boca, o nariz e o rosto com mãos, além de manter uma distância segura dos colegas. O uso correto das máscaras deve ser mantido, seguindo os procedimentos de uso e limpeza indicados. Caso haja necessidade, as empresas devem fornecer esse equipamento de proteção para seus funcionários – que não pode ser compartilhado.
As mesmas regras de higiene devem ser seguidas na hora das refeições. É proibido compartilhar copos, pratos e talheres não higienizados, bem como qualquer outro utensílio de cozinha. As mesas devem ser limpas e desinfectadas após cada uso e é preciso manter um maior distanciamento entre as pessoas, seja nas filas ou entre as cadeiras – nem que para isso seja preciso aumentar o número de turnos em que as refeições são seguidas. O preparo também precisa de atenção especial, mantendo a utilização de máscaras cirúrgicas e luvas, com higiene constante das mãos.
Se a sua empresa precisa de auxílio nesse retorno ao trabalho, a Ocupacional está realizando planos de contingência para seus clientes. Após uma consultoria completa e abrangente, é elaborado um relatório com todos os riscos presentes no ambiente de trabalho e as ações para minimizá-los. Quer mais detalhes? Entre em contato com a gente.
Fonte: https://www.ocupacional.com.br/ocupacional/6-regras-para-retornos-as-atividades-na-pandemia/